Amor de Moeda

Dois lados de uma moeda, amantes,

Separados pelo destino cruel,

Nunca se encontram, sempre distantes,

Condenados a um amor sem papel.

Um lado brilha, o outro é mais discreto,

Mas ambos anseiam pelo encontro,

Um amor impossível, um soneto

Que nunca será cantado em conjunto.

Giram e rodam pelo mundo afora,

Mas nunca se veem, nunca se tocam,

Um amor que nunca chega à hora.

E assim seguem, sempre separados,

Dois lados de uma moeda, amargurados,

Pelo amor que nunca se desenrola.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 18/06/2023
Código do texto: T7816995
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