Soneto 38: SOMBRA E DESALENTO

Na minha alma, a angústia se entrelaça,

E a dor em meu peito encontra abrigo,

A insegurança me envolve, me ameaça,

E o medo, implacável, me traz castigo.

O amor desvanecido, sem precisão,

Não espera mais o paraíso sonhado,

A esperança partiu do meu coração,

E a mágoa agora reina no lugar sagrado.

Em vão busco a cura, a paz desejada,

Pajelanças não dissipam a tormenta,

Os males fundem-se, raiz encrustada.

E assim, desprovido de luz e alento,

Na desesperança me perco e me afundo,

Nas sombras d'alma, o eterno desalento.

Paulo Siuves
Enviado por Paulo Siuves em 30/05/2023
Reeditado em 30/05/2023
Código do texto: T7800844
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.