Fim de tarde

Olhar inexpressível quase silêncio.

Quase um estranho a espiar-me na calada

Chamei teu nome e emudeceu a voz quebrada

Coração cortado e sedento por gritar segredos nus.

Fim da tarde de março outonal

Sábado sem nada mais a esperar

O calor ainda ardia na pálida pele

E ardeu em fogo quando ele surgiu

Não desnude segredos sagrados

E nada alterou teu cheiro de cravo e canela

Que suba até teus cachos para te acariciar

Vem caboclo mostra tua ousadia

Deita na relva e deleite com meu riso

Encha tua alma de alegria para mim.