Transitoriedade

“A mesma história tantas vezes lida”

converte os débeis sonhos em ousados,

dos álibis suscita vis pecados,

desmistifica o engano da partida.

 

Na mesma velha estrada sem saída,

a pedra faz-se alívio aos pés cansados;

colhe-se a sorte nova em velhos dados,

mas morre o amor na palra embrutecida.

 

Estranhas regras, louco e insano jogo,

saudade que nos queima como fogo

fenece sob o afã da noite escassa...

 

Se sombra ou luz, a história corrobora,

num verso tão patente quanto a aurora:

“tudo no mundo é frágil, tudo passa...”

 

Foto: Canva

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 31/03/2023
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