Silêncio

Escuto propagando num espaço

Um grito melancólico, abafado.

Pareço um rouxinol amargurado

Voando em direção ao desabraço.

Amar-te, sem viver em despedaço?

Eu sofro o desamparo desolado!

Em ávido tormento retratado

No riso chateado de um palhaço.

Eu morro em lamentável solidão

Em meio a sorumbática frieza

Do rígido cadáver sem perdão

Velado em antipática tristeza.

Patético, me resta a gratidão

Por tua apreciável natureza.

Mozart Sávio
Enviado por Mozart Sávio em 31/03/2023
Código do texto: T7753078
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