À SOLIDÃO

Este ser invisível

Tão meu, tão indivisível

Companheiro das letras

Que solução impetras?

 

A de escrever para arrefecer

O que está no peito a arder

Arde ainda de amor

Fogo da paixão, fogo do furor

 

Que junto com a alma

Ambos não se acalmam

Tentam se livrar e espalmam

 

Mas a solidão tornou-se minha amiga

Há muito deixou de ser inimiga

E com os dois não há mais brigas

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 15/10/2022
Reeditado em 29/03/2024
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