À SOLIDÃO
Este ser invisível
Tão meu, tão indivisível
Companheiro das letras
Que solução impetras?
A de escrever para arrefecer
O que está no peito a arder
Arde ainda de amor
Fogo da paixão, fogo do furor
Que junto com a alma
Ambos não se acalmam
Tentam se livrar e espalmam
Mas a solidão tornou-se minha amiga
Há muito deixou de ser inimiga
E com os dois não há mais brigas