À margem

Não cessam de me importunar todo dia

Com alguma indesejada informação

Sobre o mais novo ídolo da multidão

(Que, se é famoso, até hoje não o sabia);

“Compre isto! Compre aquilo!” – Todo dia

Metem-me aos olhos uma nova invenção

E, se paro para decifrar seu jargão,

Nada depreendo sobre sua serventia;

Até admito! Tudo parece tão belo

Mas não posso (ou quero) nisto me envolver:

Eu não tenho dinheiro, nem pretendo tê-lo,

E vivo à margem, como bem me aprouver –

Não sendo rico, tampouco querendo sê-lo,

Vivo à margem; sim – mas sei melhor viver.

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 05/09/2022
Código do texto: T7598756
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