MALQUISTO FINAL

Vejo a minha poesia sem ousadia

Quando olho a poética no cinismo

Carregada de acaso, de ceticismo

Toda revestida de pouca quantia

Sem outra escolha e companhia

Sem um sussurro ou um lirismo

Enodoada de incolor simplismo

Que tanto põe minh’alma vazia...

Vou de uma sensação bucolista

Nos versos contendo a saudade

Onde chora a essência do artista

Então, tão cheio de árduo ritual

O soneto é bruto e pela metade

Assim, tendo um malquisto final.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

29 agosto, 2022, 21’15” – Araguari, MG

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/umwZ31zSKmc

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 29/08/2022
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