SONETO COADJUVANTE

Vendo-te agora, soneto dum passado

Na desilusão, sem emoção, verso bruto

Com a lembrança de tormento povoado

Abaçanado, deserto e o coração de luto

Meu dantes se percebe tão abandonado

Descorçoado em um banimento absoluto

Contrito e também com cântico magoado

De um versar hospedeiro de um desfruto

Ah! toada relativa dum destino tão triste

Só a poética na minha alma ainda existe

Na ilusão e o sentimento jogado adiante

Onde está quem traz está toda saudade?

Que invade a sensação tal uma divindade

Se do amor, o soneto, é só coadjuvante!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

19 de agosto, 2022, 19’19” – Araguari, MG

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/R38A6h4Ae7c

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/08/2022
Código do texto: T7586109
Classificação de conteúdo: seguro