MEL NA POESIA

Silva Filho

 

 

Nas diversas flores coloridas

Colhe a abelha o néctar do seu mel

Pois deu-lhe a natureza o papel

De bem dulcificar as nossas vidas.

 

Também o bardo – nobre operário

Ceifa nas flores a matéria-prima

Pra fabricar o mel que tem a rima

Pois a rima do mel é corolário.

 

Deixai o mel adoçar a poesia!

Deixai as flores a cumprir o seu mister

Nesse vergel que tem nome de Magia!

 

Se porventura for u’a erva bem-me-quer

Assim será – ao som da melodia...

Que canta o encanto da Mulher!