SONETO INDIGENTE

Na entranha dos poemas tenebrosos

O silêncio parece ter palpitante vida

E a solidão, sobre a poética refletida

Traz ocos e sentimentos impetuosos

Pela sofrência, em salmos lamuriosos

Sussurra a prosa em uma rima sentida

E a versificação senti tão enternecida

Os cânticos rumorejantes e vultuosos

Em odes sombrias, a privação, o pesar

Ah! soneto indigente, deixai-me livrar

Da situação importuna que tempestua

Priva-me do verso esfolado, crucificado

A aflição, as matinadas, de um passado

Que suspiram na poesia sibilante e nua!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Maio, 16/2022, 18’16” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/xkllnRMm7EQ

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 16/05/2022
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