A única Guerra Santa

Amar onde o mau está sempre a espreita

Lá fora e muito mais em teu interior

A lembrança faz-te entrar em rubor

Infâmia na árvore de tua colheita

Respira, engole seco e se endireita

Sabes que todo pecado anterior

Não incrusta fragrância mas odor

Reflexo do mundo em tua alma suspeita

Desilude-se com tanta vileza

Enclausura-se todo em aspereza

Esmoreceu tudo aquilo que encanta

Alguma epifania traz-lhe a certeza

Soldado contra a própria natureza

Travas a tua única Guerra Santa