A Ideia De Uma Fuga

O crematório da pocilga tem meus ossos,

Talvez dilúvio de martírio juntamente

A uma agonia muito mórbida, plangente

Com o silêncio dos defuntos em destroços.

Abriram covas e mais covas, muitos poços

A colocar cada pedaço

resistente,

E que fenecem junto às larvas, fui demente,

Porque almejei a acreditar em vários troços...

E derribaram meu altar junto a excrementos,

Em que mil porcos junto a sânie me enganaram,

Mas o porquê dessa catástrofe não sei.

Sou cego, tolo em frenesi dos sentimentos,

Acreditando que os artistas só pecaram,

Por não quererem que a algum dia eu fosse rei!

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 27/04/2022
Reeditado em 27/04/2022
Código do texto: T7504494
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