O Lago Sombrio

Nas minhas vis oníricas vivências

Estive em profundezas obscuras

Foi dentre o arvoredo de imanências

Que vi medrar assombros e loucuras

 

E lembro-me d'um sonho recorrente

Um lago de nascente em uma gruta

Envolto um arvoredo contundente

Que canta e rega em morte quem escuta;

 

É nele que perdura algum jazigo

De outroras guarda horrores lá consigo

E deste seu negrume exala medo...

 

Escuro como o abismo e tão medonho

Receio, pois pressinto a cada sonho

Que logo externará o seu segredo.

Sara Melissa de Azevedo
Enviado por Sara Melissa de Azevedo em 22/02/2022
Código do texto: T7458231
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