DONDE

Cá, um poema incógnito e moroso

Fatigante, melancólico e sem vida

Que corta o verso no sentir caloso

Tal e qual uma sensação repartida

Penetra silente num sonho umbroso

Da imaginação, tal uma negra ferida

Fazendo do prosar pravo e doloroso

Numa poética carente e tão sofrida

Assim, nas margens do seu fadário

O trovador se vê inquieto e solitário

Em que a tal sofrência nele esconde

Ah, infortunado versar dorido e duro

De um desalento, latente, tão escuro

Que a gente sente, sem saber donde!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

04 fevereiro, 2021, 10’53” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/WCEPx-2-mvA

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 04/02/2022
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