UM MUNDO SOLITÁRIO
Cada pessoa se acostumou, na sua solidão,
Se manter opaca em seu esquecimento.
E em meio ao vazio de imensa multidão
Reina a mesma pressa e alguns lamentos.
Onde encontrar aquele calor
De um abraço que ampara?
E onde alcançar o valor
De uma conversa que sara?
No chão das metrópoles, habitam os desamparados...
Nas suas calçadas, os mesmos enfados
Da correria de seres tão estranhos entre si.
Onde pode haver uma luz de arrebatamento
Nessa onda de alienação, sono e entorpecimento?
Ainda existe vida nesse mundo que pouco sorri?