Primeiro Amor

Primeiro amor, eterno, imorredouro,

que no âmago guardei, sem dor, aresta,

resiste na lembrança que me resta

e vive em pensamento que ora douro.

Primeiro amor, intrépido tesouro,

inconsequentemente diz e atesta

que o outrora de nós dois – prazer e festa –

é vivo em mim, intenso e duradouro.

É resistente ao tempo o amor primeiro

que tem meu coração por hospedeiro

e ali quedou, envolto em meu apreço,

pois dele não olvido e nem esqueço,

primeiro amor que a minha verve amplia

e gesta, na saudade, a poesia!

Bela interação de Miguel Jacó:

PRIMEIRO AMOR

Acordo e espero o galo cantar,

Como se na fazenda, estivesse...

Ainda dói lembrar a quermesse,

Que a conheci e prometi casar...

Faço das saudades, travesseiro,

E repouso antes e após o sono...

Choro pelo tempo e o abandono,

Revivendo dias do amor primeiro...

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 06/01/2022
Reeditado em 21/01/2022
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