Primeiro Amor
Primeiro amor, eterno, imorredouro,
que no âmago guardei, sem dor, aresta,
resiste na lembrança que me resta
e vive em pensamento que ora douro.
Primeiro amor, intrépido tesouro,
inconsequentemente diz e atesta
que o outrora de nós dois – prazer e festa –
é vivo em mim, intenso e duradouro.
É resistente ao tempo o amor primeiro
que tem meu coração por hospedeiro
e ali quedou, envolto em meu apreço,
pois dele não olvido e nem esqueço,
primeiro amor que a minha verve amplia
e gesta, na saudade, a poesia!
Bela interação de Miguel Jacó:
PRIMEIRO AMOR
Acordo e espero o galo cantar,
Como se na fazenda, estivesse...
Ainda dói lembrar a quermesse,
Que a conheci e prometi casar...
Faço das saudades, travesseiro,
E repouso antes e após o sono...
Choro pelo tempo e o abandono,
Revivendo dias do amor primeiro...