EXÍLIO

Cobriu-me de tristura o ocaso pardo

Um aperto n’alma fino e sem trelas

A saudade com sensações donzelas

E o silêncio que pesava como fardo

E, cá neste soneto um penar guardo

A tatear as imaginações tão singelas

Arrancando emoções sem ser belas

Pra ferir a poética com duro dardo

E, vai, assim, em um versejar forte

Rogando em vão a esmola da sorte

Tragando a ilusão das covas rasas

Bardo triste afetivo em tuas prosas

Sou choro, sou riso, sou mais rosas

Amargo trovador com exiladas asas...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

02 dezembro, 2021, 05’40” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/ylf8PrSYFBY

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 02/12/2021
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