Amor à vida
Eu amo a vida e canto, com verdade,
a graça e a sorte deste dom sublime
e aquele instante cálido que exprime
toda magia da efemeridade!
Eu amo toda a vida que me invade,
que, renovando o tempo, o mal redime,
e cicatriza a mágoa que me oprime
deixando em mim as cores da saudade...
Bendigo a vida simples que se espalha,
a rosa que floresce dentre a palha,
e um rio murmurar o seu queixume.
Também a perda que destrona o forte
e o pleno amor – resgate à triste morte –
eu louvo, pois nos salvam do negrume!