SONETO DO SILÊNCIO

Ah soneto! Porque do silêncio és um desvario

distendendo as noites cá pros lados do cerrado

dando ao poema o poder dum suspiro sombrio

quieto, maniatado, num ostracismo perturbado

Se a ausência e inação me provocam arrepio

o vento um chiado frio, impassível e agitado

se nada do que inspiro a efeito vale, é vazio

então, que eu não fale, sinta, e fique calado!

E, assim, nestes meus sentimentos impuros

sem perfeição, e no coração tão inseguros

tal uma prece, que oferece, pra atingir-te-á

Faço súplica, compadecido de fé e de fervor

ó solidão, vai-te, assim, de partida com a dor

e a paz voltará e sobre mim de novo descerá... (o amor!)

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

19 de setembro, 2021 – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/UklSr_4GXSE

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/09/2021
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