Desventura

Cercado pela multidão a qual andava;

A insana angústia me oprimia na Praça,

Eu não entendia que era uma cilada,

Meu âmago vazio já não aguentava.

Acreditava na vida nobre e afortunada;

Iludido fiz “amigos” que me reduziu a nada,

Desta feita, fui algoz de mim na jornada;

Forasteiro rastejante à beira da estrada

Não tinha guarida, o tempo não para;

O passado não volta e a vaidade passa;

Assim, fui definhando, já não tinha calma

Era um labirinto dentro da minha “casa”

E os ditos “amigos” já não me amavam

Pois eram ricos de bens, mas pobres de alma.

Gilmar Ramos
Enviado por Gilmar Ramos em 31/07/2021
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