Soneto Heideggeriano

À noite, enquanto, alta, a Lua chora

suas desventuras sobre a terra impura,

vê-se lá longe uma triste figura

silenciosamente indo embora.

Talvez a ele tenha chegado a hora

de se lançar a uma nova aventura,

talvez seja um filósofo à procura

de uma resposta jamais alcançada.

Vai-se o sujeito, leva um livro à mão,

talvez um Heidegger na escuridão,

enigmático, a se consumir,

e encontra além outra figura alada,

tentando no existir ser encontrada

e se perdendo fora do existir.

Vagner Rossi
Enviado por Vagner Rossi em 08/06/2021
Código do texto: T7274397
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.