UM OUTRO DIA

Que hei de fazer, ó fado, sem ser amado

quando a solidão chegar com o seu vão?

Já não terei as mãos, a achada inspiração

de um amor, dum sentimento imaculado

Porém, desta poética do afeto banhado

nas trovas duma prosa cheia de sensação

restará saudade, e entre linhas, a paixão

pouca, dum querer no tempo silenciado

E quando lembrares, do que isto era...

E que na recordação não mais sentir

o perfume, a emoção, aquela poesia

Eu lhe lembrarei que fui a primavera

os suspiros do abraço, olhar, o sorrir

e que hoje, na emoção, um outro dia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

26/maio/2021, 09’27” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/R5u5JZszAtU

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 26/05/2021
Reeditado em 26/05/2021
Código do texto: T7264544
Classificação de conteúdo: seguro