PRANTOS QUE REDIMEM
Eu chorei enquanto percebia os grilhões
Serem despedaçados da minh'alma ainda esburacada
Naqueles momentos onde a fé alcançava as imensidões
E as preces criavam uma vida mais renovada.
Aos prantos eu consegui trazer à tona a verdade
Do meu ser, do meu coração e dos meus anseios,
Numa visceral jornada em prol da liberdade
De semear o inesquecível entre sonhos e devaneios.
Pranteei intensamente até não sobrar
Mais nenhuma lágrima de meus olhos despertos
Em sinal de uma reverência que me fez caminhar.
Foi então que eu pude ver alguns caminhos bem abertos...
Nas asas da redenção, eu pude a face das estrelas tocar,
E beber na nascente das promessas em meio aos desertos.