Só saudade
Só saudade
Na fonte da vida deixei meu querer
Tão jovem, tão puro, num canto retido
Com trapos segui para não mais sofrer
Pensando que a lida não tinha bandido.
De longe da estrada, parei, pude ver
Que os braços carentes estavam perdidos
Sem forças, sem norte segui meu viver
No entanto caída meu Sol foi banido.
A fonte com luzes o tempo roubou
Manhãs sem clarões não enfeitam o meu céu.
Apenas me induz a viajar rumo ao léu.
Juntei minhas coisas, voltei no passado
Buscar tudo, tudo, que me foi furtado
Sem nada encontrar só saudade restou...
Márcia A Mancebo
02/01/2021