Frágil

O choro desperta a alma da noite,

brumando por minutos as estrelas.

Quem aflito assim terá de verte-las

vibrando o remanso como um açoite?

Que os sussurros já desconsolam a lua,

que se ocultam detrás da névoa escura.

Contudo, quem será de ser a frágil criatura

que despe a tortura de maneira tão crua?

Até mesmo a brisa silencia seu gemido

cedido à sensação desse agitado lamento,

que lacrimeja a dor, de uma talvez partida.

Ou decerto o esgotamento com a vida

fez nascer esse ângulo um tanto cinzento

sombrio, sem esperanças e tão sentido.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 23/12/2020
Código do texto: T7142344
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