Voz do Verbo
A tal de primeira pessoa só quer falar
Tudo que não quer ouvir a segunda
Sobre a vida da terceira, a iracunda
Que logo bota a cobra para fumar!
Essas pessoas amáveis... difícil amar!
‘Eu’ sou certo, sou dono do mundo
‘Tu’ és o erro, obra feita do Imundo
‘Ele’ sempre bota a baiana para rodar.
Para amar as pessoas... só à distância
De onde os detalhes não se podem ver
Ou não olhar a fundo nossa substância.
‘Eu’, saber e bom senso; ‘tu’, ignorância!
‘Ele’ já está vindo, hora da gente correr!
Sem Voz do Verbo não há concordância!
JLS – São Paulo, 07/11/2020.