Soneto da Entrega...

Se o meu jeito de amar não te comove

E teimas em viver teu próprio sonho,

Se indiferente à entrega que proponho,

Teu norte é sempre o sopro que te move...

Se não vês um motivo que me aprove,

Entendas o meu pobre olhar risonho;

A esperança no amor, humilde eu ponho,

Noventa e nove vezes, vezes nove...

E os motivos imensos da insistência

Desse amor que eu te sinto loucamente

Equivalem à força em que o renegas...

Se não queres amar-me, se assim pensas,

Meu amor vai viver sempre insistente,

Do alento confortante das entregas!

Ciro Di Verbena
Enviado por Ciro Di Verbena em 08/10/2020
Reeditado em 19/11/2020
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