Do pó ao pó

Do pó eu vim, ao pó estou voltando.

É essa a nossa inevitável cruz.

O corpo vai no vento se espalhando

E a alma vai seguindo a sua luz.

Eu vou, mas volto, sempre aprimorando,

Minhas feridas, minha dor, meu pus...

Assim eu vou singrando e vou sonhando

De um dia estar nos braços de Jesus.

Nesse mundo onde o tempo faz a lei,

Meu corpo auxiliou nessas andanças,

Por tudo o que vivi e o que deixei.

Assim, nessa viagem de esperanças,

Levo saudades de quem muito amei,

De quem muito me amou, ficam lembranças.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 13/03/2020
Código do texto: T6886956
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