SONETO EM BRANCO E PRETO

Quisera ter no alforje d'alma um poeta

vibrante e canoro, de algures secretos

do amor, ornados em versos discretos

e parido num singelo berço de asceta

Quisera atar-me em sonhos irrequietos

trazendo quimeras na pena da caneta

num dueto com a fulgor d'um cometa

que versifica a lírica d'outros quartetos

Quisera rimas, na simetria em linha reta

dos caminhos honrosos, versos epítetos

num alarido de fidalguia, terno e violeta

Quisera da poesia a alforria dos ginetos

d'amargura, d'um soneto branco e preto

pros variegados belos e sonoros sonetos

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Dezembro, 2016 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/RoZOoKcGsis

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 28/02/2020
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