Razões perdidas - soneto

Impávida e fria ela caminha pela majestosa praia.

Seus pensamentos desumanos e diversificados

Redemoinhos implacáveis. Entram suavemente.

Em seus costumes inalterados. Mas alucinados.

Pelas razões que a faz relembrar os andamentos.

Indeléveis e maciços. De lembranças que não valem...

E que são abordados por um passado que arquivou

Pausadamente nos transparentes dias que se foram.

Assim ela caminha compassadamente com os ensejos.

Ao serem beijados pelas frias aguas trazidas pelas vagas

Que se espraiam em brumas espumantes a seus motivos.

Neste cenário pintado por cores do finado passado

Seus pensamentos retroagem a eras atrás desse tempo

Do qual quer fugir. Sem as razões necessárias pata tal.