A POESIA QUE CHORA

A poesia que chora, desinspirada

Na solidão, que padecer me vejo

Na realização, e tão despovoada:

Sofre, implora, por um puro bafejo

Não basta ter a rima apropriada

Nem só desejo de lampejo: desejo

Assim, tê-la, no versar que agrada

Não, no amor findo, oco e sem beijo

No exílio e no vazio que me consome

Não basta saber que no tempo passa

Que tudo passa, quando só quero estar

A poesia que chora, ficou sem nome

Separada do sagrado e tão sem graça

Quando a trova teria de ser de amar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

25/01/2020, 05’53” - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no You Tube:

https://youtu.be/1ttu-ofey5c

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 25/01/2020
Reeditado em 25/01/2020
Código do texto: T6849971
Classificação de conteúdo: seguro