O poeta! - soneto

Sorrateiro, o poeta procura a sombra de sua mangueira.

E, vibrando o velho e quase abatido violão, faz de suas notas

Uma nova poesia nascer. Maviosa, linda, bela e deslumbrante

Fluir, na tarde acinzentada. Que percebendo o seu extremo. Cala!

Lembranças lhe traz aquele momento suavizado e complacente

Com suas linhas e versos que viviam escondidos em seu presídio

Sabia o trovador que sua inspiração aquietada e mansa reagiria

Faria com que o demore quê sê-o expunha, risse ligeiramente.

A cada verso e contra verso e mais entusiasmado, ficava o poeta.

Dedilhando seu pinho alquebrado. Fazendo-o, soar notas poéticas

Que lhe encantavam os ouvidos atentos ao compasso do tempo.

A tarde parecia trazer todas as razões para compor seus versos

Inéditos e sem plágios, arrancava das cordas a canção da vida.

Que pareceria naquele fim de tarde, fazer brotar versos acertados.