Insegurança
Depois de tantas certezas,
Eis que surge a insegurança.
Percebi que ela surge de mansinho,
E, aos poucos, mina toda a esperança.
Essa se aproveita de quase tudo,
E nos fere como um objeto pontiagudo.
Seja pelo jeito ríspido de se falar...
Ou pelo tempo que não dispomos para nos abraçar.
E, com a correria do dia-a-dia,
em meio a um sensação de estranha covardia,
Ainda mais distante me sinto...
No fim, pode ser que seja apenas meu instinto,
Me pondo a esse momento perlustrar,
Para um futuro triste enfim poder evitar.