Sonho de vampiro
Sonhava contigo, ó viva-morta.
Era um sonho medonho e não um desejo
Que aquela tão bela vampira torta
Não mais viesse acordar-me num beijo.
A tua veia na luz do luar
Tão cheia de amor quando ela se expande.
Essa tão sedutora jugular
E esse tão saboroso, teu sangue.
Eu pedi, implorei que a noite chegasse.
Que as trevas furassem o meu ataúde.
Logo acordasse e teu corpo cheirasse.
Como lutei e relutei enquanto eu pude!
Quando acordei, demasiado tarde,
Uma estaca no peito em plenitude.