Idade das Trevas
Seus pés andavam para o cadafalso.
Sentia a dor da corda no pescoço.
Levava a culpa aquele pobre moço
Por um segredo e por um passo em falso.
Na noite embriagado num prostíbulo
Encontra a bela e volúvel Helena.
E o crime deles, qual de Madalena
Nos pés levava ao cruel patíbulo.
Olhando o céu num último momento,
Por aquela mulher de tez morena
Ele pede a Deus passe logo o tempo.
Vê-se num clarão e com a voz serena
Ele pede perdão e vê com tormento
A mulher passível cumprindo a pena.