DOS CONFINS DA TERRA ATÉ OS CONFINS DO CÉU

Nasci naquela sarça da montanha azul.

Banhei-me na água sagrada, cachoeira ao sul.

Cresci entre as árvores, vendo o sol nascer.

Alimentei-me da liberdade livre do meu viver.

Dos confins da terra até os confins do céu,

Era o eu só despido da cortina e o véu.

O meu caminho tinha ida e volta.

Sem conflito, sem rancor e sem revolta.

Ajoelhei-me diante do Deus vivo.

Perdoei e rezei pelo meu inimigo.

Lavei a minha alma num rio bonito.

Não tem poluição na minha residência.

Serei lembrado sempre como amigo.

Curei as feridas e rasguei toda resistência.