Filha da tormenta

Tu que habita em meio a tempestade

Se orgulha de ser filha da tormenta

Conserva em ti uma atmosfera violenta

Em teu vil jardim de adversidade

E se isola da odiosa sociedade

De alma coberta de nimbus cinzenta

E o ódio que do teu olhar rebenta

Encobre a tua vulnerabilidade

Mas eu que vejo claro como o céu

O que esconde por baixo desse véu

Vejo o quão profundo são tuas tristezas

Teus sofrimentos, que foram tantos

De uma vida reservada ao pranto

lhe edificando a atual frieza

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 25/10/2018
Reeditado em 13/01/2019
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