Mendicantes. - soneto

Monturos infestados de mendicantes.

A cata das sobras e restos ali jogados.

Nesses lixões, vesse no cotidiano

Aniquilados pela fome, um festival.

Sem bússola e sem destino prévio.

Andarilhos, ao predisse, percorrem.

Vielas e alamedas arborizadas gélidas.

Nessa vacância inútil e sem proveito.

Buscam migalhas oferecidas por mãos.

E sentimentos piedosos de acurados,

Quê, se sensibilizam com o quadro.

Expostos a olhares frios e inaudíveis,

De sentimentos, que ignoram, fazem.

Do clamor dos pedintes, olhar de fuga.