Vibratórios ardendo

Nasce em meu peito, uma enorme e indelével fonte

de inspiração. E, em meu destino, uma pira de aberrações.

Um carnaval carnal, de bárbaros prazeres, fervilham

num mundo cruel de devassidões, sem precedentes.

Controvérsias, em belos e lindos quadros, são mortificados.

São transformados em fogueiras crepitantes, ardendo dentro

de um espaço falso, doente. Sinto, despencar por um abismo,

meu corpo inerte sem replicar. Passivo, indulgente e frio.

Sinto meu corpo despencar por um desfiladeiro sem fim.

Enquanto... Poemas fluem inutilmente, junto as margens

Das estradas. Arborizadas e fertilizadas sentindo os versos

Inspirados na fantasiosa teia que tecem, corações inocentes,

Crédulos por verdade, aguardando por um quadro rico, detido

Em nimbo, de vibratórios ardendo em suas mentes purificadas