O Sepulcro de uma rosa

Naquela gelada cova em que dormia

Sombria, solitária e horrorosa

Jazia nessa umbra cavernosa

Muitas lembranças de minha alegria

Cobria-lhe com alfombra tão lodosa

Os restos de tua carcaça fria

Contrário esta letárgica melancolia

Em face de minhas lembranças gloriosas

Olhos brilhantes, joia desejada

Pelo infortúnio eternamente fechada

Mãos delicadas que me deram vida

Hoje lhe visito em profunda amargura

Vendo-lhe confinada em meio as sepulturas...

...e na companhia de arvores retorcidas

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 01/06/2018
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