Doce vingança

O rancor que guarda o homem comum

E no fundo do seu coração acalanta

É um veneno que cresce como uma planta

E para a qual herbicida há nenhum.

Quem guarda vingança como prato frio

E para tal se mata e se desdobra

É como um criador que cria cobra

E o arrependimento vem tardio.

Esse ser abstrato e bestial

É colheita maldita, é um mal,

E como todo mal, um perigo.

E tu chamas de doce vingança.

És um cônjuge que deita na cama.

Com quem dorme com o inimigo.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 18/05/2018
Código do texto: T6340308
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