Soneto de Bentinho

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura

Tu és, do meu vergel, a magna chama

Aquela por quem meu desejo clama

Cerne da paixão, fonte de doçura.

O meu corpo por teu corpo procura

Em delirio carnal que o anseio inflama

Da minha alcova, és a Régia Dama

Um palco de delícias sem censura.

Sempre te amar, é a minha nobre sina

- Pois não vivo sem ti, Capitolina.

Faria, a solidão, da vida, escrava.

Pobre alferes em última palavra

Numa missão "in glória", rota e falha

Perde-se a vida, ganha-se a batalha.

Paulino Pereira Lima e Machado de Assis
Enviado por Paulino Pereira Lima em 29/03/2018
Reeditado em 29/03/2018
Código do texto: T6294302
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