Meu Outro Eu

Desculpa, eu meu... não raro, o evoco e olvido

Eu mesmo de você. Sou seu! ainda que, ainda, eu.

Acho muito não dever-me o pejo querido...

Aliás, me largue! Ora, que amores não perdeu!?

Eu fiz de tudo, eu sei, pra chegar até isto…

Em que pese achassem ruim, não me não seria.

Porém, ao já sem tempo vi-me à revelia

Do que eu sou – de cônscio e queixoso um bom misto!

Inepto, eu diria ser, no que ao amor, atroz,

Referir-se o detido por quem o esfacela.

Eu a mim amo imenso - sou a quem quer ela!

Mas... eu meu que, interinamente me extravia,

Suma de mim! E haja revisto outro dia,

Ao, mais em sonho, julgá-lo o melhor de nós.

O Zé Luquinha
Enviado por O Zé Luquinha em 18/02/2018
Reeditado em 16/04/2021
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