Soneto das Cores

No azul vejo o mar,

No verde a floresta,

No branco a paz que resta,

No preto uma noite pra amar.

No vermelho da face, vergonha,

No amarelo do cofre, riqueza,

No rosa só beleza,

E no creme a cor de quem sonha.

Junto o vermelho com o amarelo, sai laranja;

O azul com o verde vira turquesa;

Não acho a tonalidade genuína d’um Borgonha,

Girando em taça de cristal reluzente,

Misturando cor e aroma,

Refletidos num olhar ardente.

Hegler Horta
Enviado por Hegler Horta em 06/02/2018
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