A inveja

É aço derretido na garganta;

É fel a escorrer do coração;

É fogo que dos olhos se agiganta;

É sombra dentro d’alma, é escuridão...

Ao ver que um rosto alheio fácil estampa,

Um sorriso sincero, uma satisfação,

A face se transforma na carranca,

Mostrando apenas dor ou aflição.

O pobre coração que a concebe,

Na lama e na miséria se mantém,

Só se destrói, se afunda, retrocede...

Pois, quando inveja chega e se detém,

Nada faz para aquele que a recebe,

Só mata e envenena quem a tem.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 29/01/2018
Código do texto: T6239486
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