O LEVITAR DE UMA FLOR

Um certo dia, com um sol radiante de alegria,

Me vi flutuando, como se desafiasse a magia,

Tentando alcançar uma flor, que vadia,

Brincava de levitar com o vento numa hora qualquer do dia.

Ela não tinha cor, nem brilho e rodava como pião,

Ansioso, nas pontas dos pés, como exímio equilibrista,

Buscava ingenuamente senti-la em minhas mãos,

Fadigado dos meus rodopios, um dançarino sem canção.

Essa teimosia incessante de um ato infantil,

Roubou-me momentos e me dei conta, sou um louco,

Confrontei o tempo, perverso menino afoito.

Me fiz homem feliz, da bobagem que me permiti,

São momentos que a vida te escolhe, norteia teu consciente,

Ciente dos invejáveis tempos de criança, se fez presente.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 08/01/2018
Reeditado em 16/08/2018
Código do texto: T6220232
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