Lobo Solitário

Avistei o lobo solitário na noite densa,

Portando trajes sujos, esfarrapados.

Sem norte, vazio, mencionando crença,

Pedindo ajuda pra nós, os favelados.

O relógio gritava, são altas horas,

Aflito e chorando, o lobo se escondeu.

Unhas grandes, mãos sujas, pediu esmolas,

Ao padre que encontrou lá no museu.

Com a batina roxa e branca, rasgada...

Puxou dos bolsos uns míseros trocados,

O padre empenhado em ajudá-lo.

Nessa exata hora um clarão abriu o céu...

Anjos ou demônios? Vieram buscá-lo!

Vá acertar sua conta no caldeirão dos réus.

Wesley Moraes
Enviado por Wesley Moraes em 15/12/2017
Código do texto: T6199687
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