Dos teus olhos de vinho

São de vinho, bem sei! Corrompem

minha prudência. Saem à noite

pintados de anjo e vestidos de sorte.

Um nobre vinho. Os meus perecem...

A lua se move, agora peregrina.

Teus sóis noturnos se impõem à ela;

Apalpam os céus e constrangem

Àquelas que são rotina. Os teus, sina.

Ah, são infalíveis...Roubaram-me

bem alí! Nem vi onde deixei cair

o que em mãos ainda sobrou-me.

Parecem feitos de vidro blindado;

Nem precisam de cuidados; Ai de

mim! Fujo quase que à nado...

Jack Sousa

Pela fresta
Enviado por Pela fresta em 09/11/2017
Reeditado em 09/11/2017
Código do texto: T6166919
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