Sete Laços

Punhos cerrados, correntes e chicotes,

O facão fincado reluzia sob o chão.

Chapéu de preto, capas e pinotes,

Zé dos Sete Laços aconselhou-me o sermão.

Manuseados atabaques caem na festa,

O batuque é forte, típico do Candomblé.

Lá fora à fumaça exala, cheiro pela fresta,

Chuva cai, garoa fina... Energia, Asé.

Pescador mandando salve no terreiro,

Na garrafa, meio quarto da caninha.

Risca fósforo, acendendo o palheiro.

De prosa em prosa, come peixe e farofa...

Caipira antigo, jamais soube da marinha,

Amante, chapéu de mato e palhoça.

Wesley Moraes
Enviado por Wesley Moraes em 07/11/2017
Código do texto: T6165049
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